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Pio Matos critica ensino bilingue: “Não é inclusivo e prioriza línguas locais em detrimento do português” — Índico Magazine

Pio Matos, governador da província de Zambézia. Imagem: Jornal Txopela
Em um momento de tensão durante a cerimônia de inauguração de uma nova escola básica no distrito de Alto Molócuè, o governador da província da Zambézia, Pio Matos, manifestou forte descontentamento com a implementação do ensino bilingue nas instituições de ensino locais. Dirigindo-se diretamente ao diretor provincial de Educação, o governante orientou medidas urgentes para rever a adoção desse modelo, argumentando que ele compromete a inclusão e a aprendizagem efetiva da língua portuguesa, oficial no país.

"Esse ensino bilingue não é inclusivo de forma alguma. Os nossos alunos precisam aprender a língua portuguesa na escola, porque ela é oficial e essencial para o seu futuro. A língua local, eles já a dominam em casa e na comunidade, não precisamos desperdiçar tempo precioso na sala de aula com algo que já é natural para eles", declarou Pio Matos, com visível irritação, perante uma plateia composta por educadores, pais de alunos e autoridades locais. Suas palavras ecoaram em um evento que deveria celebrar a expansão da rede escolar na região, mas acabou marcado por um debate acalorado sobre políticas linguísticas.

O governador enfatizou que o foco no ensino em línguas locais, como o emakhuwa predominante na Zambézia, pode isolar os estudantes do contexto nacional e internacional. "Queremos uma educação que una, não que divida. O português é a ponte para o conhecimento global, para as oportunidades de emprego e para a cidadania plena. Insistir em línguas locais como meio principal de instrução só perpetua desigualdades", acrescentou Matos, citando exemplos de alunos que enfrentam dificuldades em exames nacionais por falta de proficiência no idioma oficial.

A declaração de Pio Matos reacende um debate nacional sobre o equilíbrio entre preservação cultural e integração linguística em Moçambique. O país, com mais de 40 línguas locais, adotou políticas de ensino bilingue há anos para promover a inclusão de comunidades rurais, mas críticos, como o governador, argumentam que isso dilui o aprendizado do português, essencial para o currículo nacional. O diretor provincial de Educação, presente no evento, acenou em concordância e prometeu uma avaliação imediata das práticas em vigor, sem divulgar prazos específicos.

A nova escola de Alto Molócuè, com capacidade para 500 alunos, representa um investimento de milhões de meticais em infraestrutura, incluindo salas de aula equipadas e bibliotecas. No entanto, o incidente destaca desafios persistentes na educação moçambicana, onde a taxa de analfabetismo ainda ronda os 50% em áreas rurais, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Pio Matos, conhecido por sua postura assertiva em questões de desenvolvimento provincial, usou o momento para reforçar a importância da língua portuguesa como ferramenta de empoderamento. "Não estamos contra as nossas raízes culturais, elas são o que nos define. Mas a escola deve ser o espaço de expansão, não de repetição do que já sabemos", concluiu o governador, aplaudido por parte da audiência, mas gerando murmúrios de discordância entre defensores da educação multicultural.

Redação: Índico Magazine 

تعليق واحد

  1. Na verdade linções de linguas maternas é desperdício do tempo, porquê não lincionam inglês apartir de terceira classe, como uma língua com relevante a nível global
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