Notification texts go here Contact Us Buy Now!

Primeira-Ministra confronta TA e nega desvio de 33,6 milhões no governo de Nyusi

Primeira-ministra Benvinda Levi & Filipe Nyusi, antigo presidente da República de Moçambique. (Reprodução Índico Magazine)
Em uma resposta direta às denúncias do Tribunal Administrativo (TA) sobre suposto desvio de receitas do gás na Bacia do Rovuma, a Primeira-Ministra Benvinda Levi negou veementemente qualquer irregularidade no uso de 33,6 milhões de dólares americanos. Falando à margem da II sessão ordinária da Assembleia da República, Levi esclareceu que os valores em questão foram devidamente cobrados e aplicados antes da criação do Fundo Soberano, refutando as discrepâncias apontadas pela auditoria do TA na Conta Geral do Estado (CGE) de 2023.

O TA, em seu relatório divulgado em maio de 2025, identificou uma "discrepância" de cerca de 33,65 milhões de USD na Conta Transitória – subconta destinada às receitas do gás natural, antes da divisão entre o Orçamento do Estado (60%) e o Fundo Soberano (40%). A auditoria revelou que, entre 2022 e março de 2024, o governo declarou arrecadação de 94,2 milhões de USD, mas apenas 60,6 milhões foram efetivamente depositados, incluindo um valor de 800 mil dólares de 2022 que nunca chegou à conta. Essa constatação gerou críticas da oposição, como a Renamo, que classificou a CGE como "viciada" e questionou a transparência na gestão das receitas extractivas.

Em confronto direto às alegações, Levi enfatizou: “Tendo sido cobrado pela autoridade tributária, que é a entidade responsável, entrou na conta única do tesouro e foi usado em despesa normal feita pelo Orçamento do Estado”. A governante destacou que o Fundo Soberano só foi instituído em janeiro de 2024, pela Lei n.º 1/2024, tornando impossível qualquer desvio para a entidade nesse período anterior. “Não é possível que tenha havido desvio, visto que o Fundo Soberano só foi criado em 2024”, afirmou, remetendo detalhes adicionais à Ministra das Finanças, Carla Louveira, que em maio já havia admitido o uso dos valores no Orçamento Geral do Estado, sem depósito na Conta Transitória na época.

A explicação da Primeira-Ministra ocorre em meio a um debate nacional sobre a governação das receitas do gás, que desde 2022 já geraram mais de 209 milhões de USD até o primeiro semestre de 2025, segundo balanços oficiais. Críticos, incluindo o TA, apontam omissões na CGE de 2023, como a falta de registro de receitas do Rovuma e saldos indevidos em contas do Tesouro. Levi, no entanto, defendeu a regularidade dos procedimentos fiscais e prometeu maior transparência à medida que o Fundo Soberano se consolida, com a recente nomeação de Emanuel Chaves para presidir o Comité de Supervisão.

Fonte: O País & Carta de Moçambique  
Redação: Índico Magazine 

Enviar um comentário

Cookie Consent
Utilizamos cookies neste site para analisar o tráfego, lembrar as suas preferências e otimizar a sua experiência
Oops!
Parece que há um problema com a sua ligação à internet. Por favor, ligue-se à internet e comece a navegar novamente.
Junte-se ao nosso canal oficial!
Clique aqui para seguir o canal