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SERNIC detém dois suspeitos do rapto de empresário português Francisco Cerra — Viatura seria queimada na África do Sul

Indiciados e a Viatura utilizada.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) anunciou a detenção de dois cidadãos moçambicanos, de 30 e 42 anos, suspeitos de envolvimento no rapto de um empresário português, Francisco Cerra, conhecido por Chico, de 60 anos, ocorrido a 7 de outubro na Avenida Zedequias Manganhela, em Maputo. A vítima, é também identificada como marido de uma diplomata residente no país, foi sequestrada por volta das 6 horas da manhã, enquanto abria o portão do seu estabelecimento comercial, loja de venda de peças de viaturas NBC.

João Adriano, porta-voz do SERNIC.
De acordo com o porta-voz do SERNIC, João Adriano, os detidos foram interceptados ao longo da Estrada Nacional Número 4 (EN4), no distrito de Moamba, província de Maputo, a bordo de uma viatura Toyota Prado, o mesmo veículo utilizado no transporte da vítima no dia do crime. A intenção dos suspeitos era levar o carro para a vizinha África do Sul, com o objetivo de destruir provas e complicar a investigação, conforme revelado por Adriano durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Indicados.
Viatura usada no sequestro.
Viatura usada no sequestro.
“Os nossos indiciados pretendiam queimar a prova. Temos a certeza de que os mesmos indivíduos transportaram, no passado dia 16 de outubro, outra viatura Nissan X-Trail, já no território sul-africano, envolvida no transporte de elementos da quadrilha”, afirmou o porta-voz. No interior da Toyota Prado, as autoridades encontraram uma chapa de matrícula nacional que havia sido removida, reforçando a ligação direta com o caso.


Adriano sublinhou que o rapto envolveu oito indivíduos no dia dos factos, dos quais seis permanecem foragidos. Um deles, já com cadastro criminal, possui um mandado de captura emitido. “Há uma forte conexão destes detidos com o caso. Não se limitavam apenas a transportar as viaturas para outro país; temos vários contactos que os ligam ao alegado mandante”, acrescentou.

Os suspeitos, que se descreveram como serralheiros do distrito de Magude, negaram qualquer participação na quadrilha. Alegaram ter sido incumbidos pelo “Sr. Albino”, suposto tio de um deles, para entregar o veículo a um homem conhecido por “Mabutinho” na fronteira de Ressano Garcia. “Fomos interpelados com um carro que dizem que fez parte de um rapto. Não sabemos nada. Apenas o ‘Sr. Albino’ nos disse que comprou o carro, e nós tínhamos que entregar na fronteira. Recebemos o carro com livrete”, declarou um dos detidos. Questionados sobre entregas anteriores, admitiram ter transportado um Nissan X-Trail no dia 15 de outubro, a mando do mesmo familiar, que reside na África do Sul. Afirmaram que a ação foi por “obediência familiar” e não por ganho financeiro.


A vítima, marido de uma diplomata que reside em Moçambique, permanece em cativeiro, e o SERNIC prioriza o seu resgate. “A nossa maior necessidade é trazer a vítima de volta ao convívio familiar. Há pistas fortes para localizar e resgatar o cidadão, e estamos a caminhar para isso. É nosso interesse que seja breve”, enfatizou Adriano, destacando ligações com outros casos de rapto registados na cidade de Maputo.

O porta-voz recusou-se a especular sobre o prazo para a resolução total do caso, classificando a investigação como “científica”. “Não vamos adivinhar quando o caso será esclarecido, mas estamos satisfeitos com os progressos”, concluiu.

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