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Superintendente Leonor Célia Inguane 

A Superintendente Leonor Célia Inguane foi brutalmente assassinada na noite desta quinta-feira (23), exatamente um mês após assumir o cargo de Comandante Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Marracuene. O ataque, ocorrido na zona da Matola-Gare, expõe vulnerabilidades alarmantes na proteção de altos quadros policiais em Moçambique.

Superintendente Leonor Célia Inguane celebrando a sua nomeação ao cargo de Comandante Distrital da PRM de Marracuene.

De acordo com uma nota oficial divulgada pela PRM, o atentado aconteceu por volta das 19h00, quando a viatura da oficial, um veículo Mahindra de cor vermelha, placa ALB 072 MC, foi interceptada por indivíduos armados a bordo de uma Toyota Hilux. Os agressores abriram fogo contra Inguane, que estava no interior do carro, atingindo-a mortalmente, na região da cabeça. A superintendente, de patente elevada e reconhecida por sua dedicação ao serviço, não teve chance de reação e morreu no local, apesar dos esforços iniciais de socorro.

A nomeação de Leonor Célia Inguane para o posto de Comandante Distrital ocorreu há precisamente 30 dias, em 23 de setembro de 2025, em uma cerimônia que simbolizava o compromisso da PRM com o reforço da segurança na província de Maputo. Sua ascensão ao cargo era vista como um marco para a corporação, especialmente em uma região marcada por desafios como criminalidade urbana e disputas territoriais. No entanto, esse período breve no comando terminou de forma trágica, gerando questionamentos sobre possíveis motivações políticas, vinganças ou ameaças ligadas ao seu novo papel.

A PRM prometeu uma investigação rigorosa, com apoio de unidades especializadas, e já mobilizou forças para rastrear os suspeitos. Até o momento, não há pistas públicas sobre os autores, mas fontes internas sugerem que o crime pode estar relacionado a ações de combate ao crime organizado na área de Marracuene. Familiares e colegas de Inguane descreveram-na como uma líder "incansável e justa", cuja perda deixa um vazio irreparável na corporação.

Redação: Índico Magazine