O ministro do Interior, Paulo Chachine, anunciou a suspensão imediata da equipa de fiscalização de trânsito que estava de serviço na madrugada de segunda-feira (18), quando ocorreu o acidente rodoviário que vitimou 23 pessoas no distrito da Manhiça, província de Maputo.
A medida foi anunciada pelo governante no próprio local da tragédia, sublinhando que os agentes em serviço não deviam ter permitido a circulação do autocarro antes das 05h00, hora estipulada para o transporte interprovincial.
“Quero crer que as pessoas que estavam a trabalhar ali \[na] madrugada \[e na] manhã não merecem estar ali naquele posto, e uma das medidas que vamos fazer é tirar toda a força que estava ali enquanto se faz o trabalho \[de investigação]”, declarou Chachine, citado pela comunicação social.
O ministro assegurou ainda que decorrem investigações para apurar as circunstâncias do acidente e responsabilizar os envolvidos. No mesmo dia, três sinistros rodoviários, nas províncias de Maputo e Gaza, resultaram em 35 mortes.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO), Nelson Nunes, as primeiras evidências apontam o excesso de velocidade como a principal causa provável do desastre.
Entretanto, cidadãos reagiram nas redes sociais, questionando a fiscalização rodoviária e a prática recorrente de superlotação dos veículos. “Como é que um carro com capacidade para 15 passageiros transportava 24?”, escreveu um internauta, apontando igualmente o suborno a agentes de trânsito como um fator agravante.
Redação: Índico Magazine
Fonte: Lusa
