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O Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), Carlos Martins, manifestou esta quinta-feira a sua preocupação com o que considera uma prática recorrente entre dirigentes nacionais: a colocação dos interesses económicos pessoais acima do interesse público.

Em reação às recentes polémicas envolvendo o Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, o líder da OAM foi claro ao sugerir que o governante deve ponderar a possibilidade de renunciar ao cargo, em nome da ética e da transparência no exercício de funções públicas.

“Na política, é preciso parecer para ser. Não basta proclamar a integridade, é necessário demonstrá-la através de atos concretos. O Ministro deveria, pelo menos, colocar o cargo à disposição para salvaguardar a confiança pública”, afirmou Carlos Martins.

Carlos Martins, Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique 

A Ordem dos Advogados vai mais longe, considerando inaceitável que Moçambique continue entre os países mais pobres do mundo, apesar dos recursos disponíveis. Para a organização, o desenvolvimento é um direito fundamental dos cidadãos e a sua ausência representa uma violação desse mesmo direito.

Neste sentido, a OAM reforça a necessidade urgente de maior transparência, responsabilização e compromisso ético na governação, lembrando que apenas através de uma liderança íntegra será possível garantir que as políticas públicas sirvam efetivamente os interesses da população e não de uma elite restrita.

Redação: Índico Magazine Fonte: MBC TV