Venâncio Mondlane, conhecido como "VM7 da política moçambicana", foi eleito Personalidade do Ano da Lusofonia pelos jornalistas da Agência Lusa, destacando-se como uma das figuras mais influentes e controversas da política de Moçambique e da comunidade lusófona em 2024. Natural de Lichinga, na província de Niassa, Mondlane nasceu a 17 de janeiro de 1974 e consolidou-se como símbolo de resistência e liderança entre a juventude, liderando o que é considerado a maior contestação eleitoral na história do país desde as primeiras eleições multipartidárias, em 1994. Engenheiro florestal de formação, Venâncio Mondlane deu os primeiros passos na vida pública em 2013, ao destacar-se como comentador em programas de debate nos principais meios de comunicação social do país. No mesmo ano, ingressou no Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido pelo qual concorreu à presidência do Conselho Municipal da Cidade de Maputo nas eleições autárquicas, alcançando um resultado histórico que...
O Governo moçambicano vai restringir novas admissões na Função Pública até 2028, com exceções pontuais, e acelerar o processo de aposentação, como parte de um pacote de medidas para conter despesas e reduzir o peso da massa salarial no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP), aprovado em Conselho de Ministros no dia 24 de junho, o objetivo é reduzir o peso da massa salarial dos atuais 11,9% do PIB em 2026 para 10,5% em 2028. Entre as medidas prioritárias destacam-se a limitação de novas admissões, o reforço das auditorias e da prova de vida, a revisão dos critérios de atribuição do subsídio de localização e a redução em 50% das percentagens de diuturnidade civil e especial. Além disso, permanece em vigor até 2026 a suspensão das promoções, progressões e mudanças de carreira na Função Pública, afetando diretamente a evolução salarial e profissional de milhares de trabalhadores do Estado. O governo reconhece que 124 mil funcionários públicos reúnem os ...
O Ministério da Educação e Cultura deu um novo passo na consolidação de um modelo de ensino mais flexível e inclusivo, ao oficializar a progressão escolar com base em critérios qualitativos, sem notas, nas classes sem exames. A medida está formalizada no Despacho n.º 94/GM/MEC/2025, assinado pela Ministra Samaria Tovela, e entra em vigor com efeitos imediatos. Esta decisão surge como continuidade da política educativa adotada no auge da pandemia da COVID-19, quando, através do Diploma Ministerial s/nº/2020, de 31 de Dezembro, foram introduzidas alterações no Regulamento Geral de Avaliação dos subsistemas do Ensino Primário, Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, e Ensino Secundário. Na altura, como resposta à crise sanitária, os alunos passaram a transitar de classe sem exames formais. Agora, com o novo despacho, o Ministério clarifica que a progressão ou transição dos alunos será feita sem indicação de notas de frequência, com base exclusivamente em critérios qualitativos de ap...
O Governo de Moçambique anunciou que, a partir de 2028, apenas os funcionários públicos enquadrados nos níveis N1 e N2 poderão prosseguir com estudos em instituições de ensino superior. Aqueles classificados nos níveis N3 e N4 estarão impedidos de aceder diretamente à universidade, sendo obrigados, antes, a frequentar o Instituto de Educação Aberta e à Distância (IEDA) como etapa preparatória e obrigatória. A medida, segundo fontes oficiais, faz parte de uma estratégia mais ampla de reestruturação da Função Pública, visando assegurar que os funcionários menos qualificados obtenham primeiro a formação mínima exigida para progressão ao nível N2, antes de acederem ao ensino superior. O objetivo, segundo o executivo, é valorizar o mérito, promover maior eficiência e estimular o desenvolvimento profissional interno. Leia também Governo suspende admissões na Função Pública até 2028 e mantém congeladas promoções até 2026 Contudo, esta não é a única medida que afeta os funcionários p...
Documento assinado pelo Comité Distrital da FRELIMO em Eráti solicita doações em dinheiro ou bens alimentares para as cerimónias do 50º aniversário da independência, referindo-se diretamente a um apelo do Chefe de Estado, Daniel Chapo. Uma carta assinada pelo Secretariado do Comité Distrital de Eráti, Departamento de Administração e Finanças, do partido FRELIMO, está a gerar polémica nas redes sociais e entre agentes da sociedade civil. No documento, datado de 2 de Junho de 2025 e dirigido à Farmácia “Filhos”, em Namapa, o partido solicita apoio financeiro ou em géneros alimentares para a celebração do cinquentenário da independência nacional, marcada para 25 de Junho. Leia também Fernando Mazanga apela ao respeito pelos estatutos da RENAMO e à recuperação das instalações ocupadas O pedido é feito em nome do “apelo de união” lançado pelo Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, sublinhando a importância histórica da data. No entanto, a linguagem usada e o facto de ser um ó...
Pascoal Tomada, Ministro do Interior exonerado. Maputo, 31 de dezembro de 2024 – O Presidente da República, Filipe Nyusi, exonerou hoje Pascoal Ronda do cargo de Ministro do Interior, em meio a uma onda de críticas sobre a atuação da Polícia da República de Moçambique (PRM) durante manifestações recentes. A decisão foi anunciada por meio de um comunicado oficial da Presidência, que destacou a necessidade de "reorganizar o setor e garantir uma gestão eficiente da segurança pública, respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos". Nos últimos meses, o país testemunhou protestos em várias cidades, muitos deles marcados por confrontos violentos entre manifestantes e forças policiais. Relatos de uso excessivo da força, incluindo disparos contra civis, geraram indignação nacional e pressão sobre o governo para responsabilizar os envolvidos. Organizações da sociedade civil vinham pedindo a demissão de Ronda, acusando-o de má gestão e de falhar em conter abusos da PRM. "Esta ...
Durante as exéquias do Papa Francisco, no Vaticano, o presidente de Moçambique, Daniel Chapo, enfrentou dificuldades para estabelecer diálogos informais com líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido à barreira linguística. A dependência de intérpretes limitou a capacidade de Chapo de aproveitar encontros casuais para trocar impressões e buscar parcerias que poderiam impulsionar o desenvolvimento de Moçambique. Na entrevista concedida à BBC News, o presidente moçambicano demonstrou ter domínio limitado da língua inglesa, dependendo de intérpretes para se comunicar de forma eficaz. Veja também João Lourenço e Daniel Chapo elogiados — Donald Trump é penalizado por desrespeitar código de vestimenta no funeral do Papa Francisco A ausência de domínio da língua inglesa, idioma amplamente utilizado em cúpulas internacionais, impediu conversas diretas com figuras como Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Observadores notaram que, enquanto ou...
Em um incidente inesperado, Vitano Singano foi detido recentemente pela Brigada Montada e atualmente se encontra sob custódia na 10ª Esquadra, localizada nas proximidades do Cemitério de Lhanguene. A informação foi comunicada à redação pela família, que recebeu a notícia sobre a detenção de Singano há poucos momentos. A família de Singano pede apoio da sociedade e das organizações de direitos humanos, como a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), para garantir que seus direitos sejam respeitados durante o processo de detenção e investigação. Eles expressaram preocupação sobre as circunstâncias da prisão e o tratamento que ele possa estar recebendo enquanto aguarda esclarecimentos sobre o motivo da detenção. Até o momento, as autoridades responsáveis pela prisão de Singano não divulgaram detalhes adicionais sobre as acusações ou os próximos passos no processo. A OAM, que tradicionalmente acompanha casos de possíveis violações de direitos humanos, foi informada sobre o caso e pode vir ...
Vaza uma suposta carta do Vitano Singano onde revela um plano macabro de atentado contra a vida dele por meio de envenenamento. Leiam: Redação: Índico News – Radar Magazine MZ®|| Faça parte do canal “Radar Magazine — MZ 🗞️📰 Notícias de Moçambique 🌐 (Índico News)” no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VafrN6E8aKvAYGh38O2p
Hedson Massingue alerta: “O presidente pode ‘boiar’ se não prestar atenção ao fenómeno ANAMOLA”
O analista político Hedson Massingue considerou, durante o programa matinal “6 às 9” da TVSucesso, que o Presidente da República, Daniel Chapo, corre o risco de “boiar” politicamente se não compreender o impacto do recém-criado partido ANAMOLA no cenário nacional.
Segundo Massingue, o partido liderado por Venâncio Mondlane representa uma “porta de escape” para muitos quadros e cidadãos marginalizados pelo sistema político moçambicano nos últimos anos. Para o analista, o fenómeno ANAMOLA vai muito além da figura do seu líder, constituindo-se como um espaço de oportunidade para diferentes setores da sociedade.
“O ANAMOLA já não é apenas sobre Venâncio Mondlane. É sobre as oportunidades de vários irmãos moçambicanos, conhecedores da matéria política, que agora terão a possibilidade de contribuir de forma construtiva. Se o engenheiro Venâncio permitir essa inclusão, o partido poderá transformar-se numa verdadeira força de renovação nacional”, sublinhou.
Massingue alertou ainda a FRELIMO e o próprio Chefe de Estado para a necessidade de prestar atenção a esta dinâmica, sobretudo tendo em vista as eleições de 2029:
“Há um perigo enorme que a FRELIMO ainda não percebeu. Se quiser renovar o mandato em 2029, o Presidente deve estar atento a este fenómeno”, frisou.
O analista aproveitou também para comentar a atual situação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), apontando falhas na gestão e na comunicação institucional sobre o estado da frota, nomeadamente o novo avião adquirido pela companhia, que enfrenta avarias técnicas graves.
Massingue criticou o que chamou de “má comunicação” e “tentativa de enganar o Presidente”, defendendo maior transparência e responsabilidade por parte dos gestores públicos:
“Não vale a pena mentir ao moçambicano. Ele só está silencioso quando dorme, mas quando acorda a informação circula. O Presidente precisa de saber que as coisas não estão a andar como deviam e procurar soluções urgentes”, afirmou.
As declarações de Hedson Massingue reacendem o debate sobre o papel emergente do ANAMOLA no xadrez político moçambicano e os desafios de governação e gestão estratégica que o país enfrenta no setor público.