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Daniel Francisco Chapo, presidente da República de Moçambique. |
Segundo o Chefe de Estado, o Governo está a trabalhar em duas frentes para responder à crise: uma solução armada, através da intervenção das Forças de Defesa e Segurança (FDS), com apoio da SADC, Tanzânia e Ruanda, e uma solução diplomática. “O diálogo é a base para a resolução de qualquer conflito, e a experiência mundial mostra que todos acabam sempre numa mesa de negociações”, afirmou.
Chapo recordou exemplos históricos de Moçambique, como a luta armada de libertação nacional e a guerra civil com a Renamo, ambos terminados após negociações. “Lutamos durante 10 anos, mas para terminarmos tivemos de sentar com o colonialismo. Houve uma guerra de 16 anos, mas para terminar tivemos de assinar o Acordo Geral de Paz”, frisou.
O estadista sublinhou que o objetivo central é alcançar paz e segurança em Cabo Delgado, sobretudo nos distritos do norte, ricos em recursos naturais como o gás. “Temos de continuar a batalhar no terreno, mas, ao mesmo tempo, encontrar linhas de diálogo, identificando lideranças e motivações”, disse.
Apesar de já ter manifestado esta intenção em diferentes ocasiões, incluindo nas vésperas da celebração da independência nacional, ainda não há informações sobre avanços concretos nas tentativas de diálogo com os insurgentes.
Fonte: Aljazeera Redação Índico Magazine