Um empresário de nacionalidade libanesa foi raptado na manhã deste sábado, por volta das 8h30, na Avenida Vlademir Lenine, um dos principais e mais movimentados eixos rodoviários da capital moçambicana. A vítima, identificada como proprietário da conhecida Farmácia Avicenna, foi levada por um grupo de quatro indivíduos armados, que agiram com aparente precisão e frieza.
Segundo testemunhas oculares, os raptores empunhavam armas de assalto do tipo AK-47 e usavam coletes à prova de bala. A viatura utilizada no sequestro, cuja marca e matrícula ainda não foram identificadas, estava estacionada nas imediações e bloqueou de forma repentina a passagem do empresário, que circulava em seu veículo particular. Os criminosos retiraram-no à força, sob ameaça de armas, e colocaram-no na viatura em que seguiam, abandonando o local em alta velocidade.
As autoridades foram imediatamente alertadas, tendo elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM) comparecido no local para recolher indícios e ouvir testemunhas. A zona foi parcialmente isolada, mas até ao momento, não há pistas concretas sobre o paradeiro da vítima nem a identidade dos raptores.
Fontes próximas à investigação referem que os raptores demonstraram conhecimento dos movimentos do empresário, o que levanta suspeitas de um possível plano previamente arquitetado. “Tudo foi muito rápido. Eles sabiam o que estavam a fazer. Não falaram muito, só agiram”, relatou um vendedor informal que assistiu à cena à distância.
O rapto do empresário libanês reacende o debate sobre a insegurança na capital, sobretudo no que respeita aos sequestros que têm como alvo membros da comunidade empresarial – tanto nacional quanto estrangeira. Maputo tem registado, nos últimos anos, uma série de raptos seletivos, com motivações aparentemente ligadas a extorsão e redes organizadas de crime.
A PRM garante estar a trabalhar no caso, em coordenação com unidades especializadas de investigação criminal, e apela à colaboração da população para fornecer qualquer informação relevante que possa contribuir para a localização da vítima e responsabilização dos autores.
A Embaixada do Líbano em Moçambique foi já informada do ocorrido, tendo manifestado preocupação junto das autoridades moçambicanas e exigido uma resposta rápida e eficaz.
Este é um caso em desenvolvimento. Novas atualizações serão partilhadas à medida que surjam mais informações.
Redação: Índico Magazine