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Rússia quer ajudar Moçambique com base de dados de terroristas para combater a insurgência em Cabo Delgado


Em um gesto de solidariedade internacional, a Rússia anunciou a disponibilidade de uma base de dados abrangente com informações sobre os principais terroristas mundiais, que poderá ser partilhada com Moçambique para intensificar os esforços contra a insurgência em Cabo Delgado. A declaração foi feita pelo novo embaixador russo, Vladimir Taravov, durante uma entrevista recente, destacando o compromisso contínuo de Moscovo na luta contra o extremismo violento que assola o norte do país há oito anos.

"Eu penso que nós temos uma boa experiência. Nós temos já base certa, informática, que contém os nomes dos terroristas e podemos compartilhar, podemos dar acesso a esta informação aos nossos parceiros. E não só isso, nós podemos partilhar a nossa experiência, como é que derrubar o terrorismo dentro de um país", afirmou Taravov, enfatizando a expertise russa acumulada em operações antiterroristas globais. Além da partilha de inteligência, o diplomata sublinhou a capacidade de apoio em capacitação militar e fornecimento de tecnologia, adaptados às necessidades específicas de Moçambique. "Antes de tudo, nós temos que combinar qual é a ajuda de que necessita agora Moçambique. Qual tecnologia, quais as aparelhagens (…) Porque nós temos também uma boa experiência da luta contra o terrorismo."

Essa oferta surge em um momento crucial para Cabo Delgado, onde forças moçambicanas, apoiadas por contingentes regionais como os do Ruanda e da SADC, têm registrado progressos, mas enfrentam desafios persistentes com ataques esporádicos e deslocamentos populacionais. A Rússia, que já colaborou com Moçambique entre 2019 e 2020, incluindo treinamentos militares e assistência humanitária, reafirma sua posição como parceiro estratégico. Em julho deste ano, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, anunciou possível apoio adicional à defesa interna de Moçambique.

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, que assumiu o cargo em 2025, tem priorizado a restauração da paz na província, com ênfase em retornos voluntários de deslocados e investimentos em desenvolvimento local. A cooperação com a Rússia insere-se numa estratégia mais ampla de diversificação de parcerias, complementando apoios de nações africanas e ocidentais, e visa não só neutralizar ameaças imediatas, mas também prevenir a radicalização através de medidas socioeconómicas.

Analistas consideram que a partilha de bases de dados russas pode ser um trunfo decisivo, permitindo identificar redes transnacionais ligadas a grupos como o Estado Islâmico, que inspiram os insurgentes locais. "Esta colaboração reforça a capacidade de Moçambique em monitorizar movimentos globais de extremistas, acelerando operações de precisão", comentou um especialista em segurança regional.

Redação: Índico Magazine 

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