A celebração dos 50 anos da Independência Nacional de Moçambique foi marcada por um trágico episódio de violência na Vila da Manhiça. Ana Maria, uma mulher de aproximadamente 50 anos, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (26), dentro de uma casa em construção no bairro Aeródromo.
Segundo testemunhas, a vítima foi assassinada na noite anterior, 25 de junho, enquanto milhares de moçambicanos festejavam cinco décadas de soberania nacional. O corpo apresentava evidentes sinais de agressão física e violência sexual.
Relatos de moradores indicam que Ana Maria teria sido abusada por vários homens e morta brutalmente. “Ela foi violentada por um grupo e, segundo comentam, reconheceu um dos agressores. Para calá-la, encheram-lhe os olhos e a boca com areia. Foi desumano”, contou uma testemunha sob anonimato.
Ana Maria era bem conhecida e estimada na comunidade local, descrita como uma mulher simpática, respeitadora e sempre disponível para ajudar o próximo. O crime deixou a população em choque e revolta, especialmente por ter ocorrido em um dia simbólico para o país.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) esteve no local do crime e já deu início às investigações. A principal linha seguida é de estupro coletivo seguido de homicídio, configurando um claro caso de feminicídio. Até ao momento, nenhum suspeito foi identificado ou detido.
O corpo da vítima foi removido para o Hospital Distrital da Manhiça, onde será submetido a exames médico-legais.
Amigos e familiares exigem justiça. “Não podemos aceitar que isso aconteça justamente num dia que devia ser de celebração para todos os moçambicanos. Queremos respostas, queremos justiça”, declarou uma amiga próxima da vítima, visivelmente abalada.
Este caso trágico volta a expor a vulnerabilidade das mulheres em Moçambique e reforça os apelos por ações urgentes e concretas de combate à violência baseada no género. A comunidade clama por mais segurança, justiça e políticas públicas que previnam crimes desta natureza.
Redação: Índico Magazine