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Damião Cumbane critica encontro entre Chapo e Mondlane: “O povo é que está tonto ou a liderança anda desconcertada?”


O analista político Damião Cumbane manifestou forte indignação nas redes sociais após declarações de Daniel Chapo indicando que “nada foi acordado” nos encontros com Venâncio Mondlane, questionando a utilidade e seriedade das reuniões entre os dois candidatos mais votados nas últimas eleições.

As declarações recentes do Presidente da República, Daniel Chapo, sobre os encontros mantidos com o líder do movimento VM7, Venâncio Mondlane, continuam a gerar reações no meio político. Desta vez, o analista político Damião Cumbane usou a sua conta oficial do Facebook para questionar duramente a utilidade das reuniões que, segundo Chapo, “não foi acordado nada”.

“O povo é que está tonto ou a liderança anda desconcertada?”, escreveu Cumbane, num tom crítico. Para o analista, é inaceitável que homens com responsabilidades públicas, académicas e familiares tenham se envolvido na organização de dois encontros de alto nível político — entre o Chefe de Estado e o segundo candidato mais votado nas presidenciais — sem que nada de concreto tenha sido discutido.

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Homens adultos, professores universitários, profissionais de diversas áreas, pais e mães de famílias... reuniram e não trataram NADA, NADA DE NADINHA”, sublinhou Cumbane, expressando perplexidade diante da ausência de resultados práticos dos encontros.

As críticas surgem após Chapo afirmar, em declarações recentes, que não houve qualquer acordo com Mondlane e que os encontros foram meramente “de cortesia”. No entanto, para alguns setores da sociedade, o diálogo entre os dois líderes gerou expectativas de abertura política e de possíveis entendimentos institucionais, dada a forte contestação aos resultados eleitorais e o clima de tensão política vivido nos últimos meses.

Como é que os dois cidadãos mais votados pelo eleitorado moçambicano reuniram e não trataram nada?”, questiona o analista. Para Cumbane, este episódio revela uma preocupante desconexão entre a elite política e os anseios do povo, lançando dúvidas sobre a seriedade com que se conduzem os processos políticos no país.

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Em tom de alerta, o analista conclui: “Dirigir pessoas precisa arte e destreza, de contrário... dos poucos manicómios que o país dispõe, o povo acabará internando os seus dirigentes”.

Redação: Índico Magazine